O câncer de mama, assim como outros tipos de câncer, é uma doença que pode ser detectada precocemente. Isso pode ajudar, inclusive, no sucesso do tratamento. Por isso, é importante manter consultas de acompanhamento, sobretudo as mulheres com maiores riscos de desenvolver a doença e também as mulheres mais velhas.
Para te ajudar a entender um pouco mais sobre o assunto, listamos nesse conteúdo os principais exames para diagnóstico de câncer. Muitos deles são bastante acessíveis e podem ser feitos em clínicas populares. Saiba mais detalhes a seguir!
1. Autoexame
O autoexame é feito pela própria mulher e deve ser realizado com constância. Ele funciona como uma estratégia de detecção precoce do câncer de mama. Para isso, é preciso conhecer bem seu corpo para que qualquer alteração seja percebida, tais como:
- Nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos;
- Nódulo mamário que persiste por mais de um ciclo menstrual em mulheres com mais de 30 anos;
- Nódulo mamário de consistência dura que vem aumentando de tamanho em mulheres adultas de qualquer idade;
- Secreção saindo da mama;
- Lesão incomum na pele sem relação com tratamentos tópicos;
- Gânglios nas axilas, que podem assumir a forma de nódulos (linfadenopatia axilar);
- Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema;
- Retração na pele da mama;
- Mudança no formato do mamilo.
Em homens, vale ressaltar a presença de tumoração palpável, principalmente nos adultos com mais de 50 anos.
O autoexame deve ser feito pela população feminina para observar as mudanças nas mamas. A orientação é simplesmente observação e palpação, seja no banho, trocando de roupa ou em outra situação do dia a dia.
Isso, no entanto, não é suficiente. A mulher deve tentar perceber alterações suspeitas, estando ciente de que tanto o autoexame quanto o exame físico não são suficientes para identificar o câncer de mama.
Ou seja, é preciso procurar o médico para realização de outras investigações, como você poderá ver a seguir!
2. Exame físico
Normalmente, o primeiro exame feito quando se reconhece que há sintomas de câncer de mama é o exame físico. Ele é feito pelo ginecologista ou mastologista por meio da palpação da mama, visando identificar nódulos e outras alterações na mama.
O exame físico pode sinalizar a presença de nódulos e secreção. Se houver alguma outra alteração mais grave, como lesão benigna ou maligna, esse exame não reconhece. Assim, torna-se necessário realizar outros exames.
3. Mamografia
A mamografia é um exame por imagem que usa radiação ionizantes de baixa dose, permitindo avaliar o parênquima mamário, encontrar nódulos ou agrupamento de microcalcificações.
Durante o exame, a paciente fica em pé de frente ao mamógrafo, despida da cintura para cima. O mamógrafo pressiona as mamas horizontal e verticalmente durante alguns segundos, enquanto a paciente segura a respiração. Tudo isso objetiva obter uma imagem de qualidade que ajude a identificar possíveis alterações.
A mamografia é recomendada como exame de rotina em mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos. Antes dos 50 anos, o Ministério da Saúde afirma que não há recomendação, salvo casos bem específicos.
4. Ultrassom mamário ou ecografia mamária
O ultrassom mamário, ultrassom da mama ou ecografia mamária é um exame feito em pacientes mais jovens ou mesmo depois de a mulher já ter feito a mamografia e precisar avaliar de alguma outra forma alguma alteração identificada.
Para esse exame, o paciente deita em uma maca, o médico coloca um gel sobre a pele onde o transdutor será manipulado, e ondas sonoras são conduzidas por meio do aparelho. Essas ondas permitem a reprodução no computador de uma imagem da parte interna da mama.
Com o ultrassom das mamas, é possível identificar alterações como cistos cheios de líquido, que costumam ser mais difíceis de visualizar na mamografia. Além disso, esse ultrassom é útil para analisar certas alterações mamárias, bem como para diferenciar cistos de massas sólidas.
5. Ressonância magnética
A ressonância magnética das mamas é feita para diagnosticar alguns tipos de câncer, visualizando problemas que podem não ter sido identificados na mamografia. Para isso, o aparelho utiliza ímãs no lugar da radiação para formar imagens em diferentes ângulos de partes moles do corpo.
Durante o exame, o paciente utiliza um roupão, retira todos os objetos metálicos do corpo, deita em uma mesa e entra dentro de um cilindro para a captação das imagens.
Vale ressaltar que a ressonância é recomendada junto à mamografia para mulheres com alto risco de desenvolvimento de câncer de mama. Ela não deve ser feita, no entanto, de maneira isolada, porque não identifica alguns tipos de câncer.
6. Biópsia da mama
A biópsia envolve a remoção de uma pequena porção de tecido para avaliar a presença ou não de um câncer. Essa avaliação é feita por um patologista que é especialista em interpretar exames e avaliar células, tecidos e órgãos.
O médico avalia algumas características como quantidade de tumores, localização e tamanho para definir qual será o tipo de biópsia. Entre elas, essas são algumas opções:
- Punção aspirativa por agulha fina (PAAF);
- Biópsia por agulha grossa;
- Biópsia cirúrgica;
- Biópsia de linfonodo.
7. Exame de sangue
O exame de sangue também pode ser útil para o diagnóstico do câncer de mama. Quando há algum processo cancerígeno no corpo, proteínas específicas apresentam concentração aumentada no sangue, como o CA125, CEA, AFP e o CA 15.3.
Para o exame de sangue, a área da retirada do sangue é higienizada com algodão e álcool. Em seguida, uma agulha fina é introduzida na área e o sangue é coletado passando para um tubo. Posteriormente, as amostras coletadas são encaminhadas para laboratórios e analisadas para identificação de possíveis alterações.
Como prevenir o câncer de mama
O câncer de mama é influenciado por diferentes fatores que podem ser controlados para prevenir a doença. Não é possível mudar fatores hereditários e outros associados ao ciclo reprodutivo da mulher, mas outros, como sedentarismo e excesso de peso corporal, podemos, sim.
Nesse sentido, algumas medidas para prevenção de diferentes tipos de câncer não só do de mama, envolvem cuidados e hábitos como os que serão mencionados a seguir.
Alimentação saudável
A alimentação saudável é um fator que protege contra diversos tipos de câncer e outras doenças. Uma dieta equilibrada e benéfica é rica em alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas.
Além disso, nessa alimentação, diminui-se o consumo de alimentos ultraprocessados, como os congelados e prontos para consumo. Carnes processadas, como presunto e salsicha, também devem ser evitadas, pois são repletas de conservantes e sal, que podem ser maléficos para o organismo.
Atividade física e peso regular
A atividade física também é fundamental para a saúde do corpo. Se for combinada com uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios ajuda a manter o peso saudável ao longo da vida, um fator importante na proteção contra o câncer. Você pode escolher entre as diversas modalidades existentes, como dançar, caminhar, levar o cachorro para passear, praticar musculação, entre outras opções.
Evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas
O consumo de bebidas alcoólicas pode contribuir para o risco de desenvolvimento do câncer, bem como o consumo de tabaco. Por isso, deve-se evitar ao máximo essas substâncias.
Amamentação
Amamentar é um fator que protege contra o câncer. Assim, além de ser benéfico para a mãe, também é para o bebê, protegendo-o da obesidade infantil.
Cuide da sua saúde
A mensagem que gostaríamos de deixar é, na verdade, um lembrete. Não deixe de manter seus exames de rotina em dia. E mantenha uma rotina de cuidados diários com a saúde. Nós podemos ajudar, com diversas especialidades médicas.