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DIU: saiba como funciona e evita a gravidez

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Os métodos contraceptivos são grandes aliados da mulher no planejamento familiar e para evitar a gravidez indesejada – e há diversas opções disponíveis no mercado, inclusive as que não utilizam hormônios sintéticos. Uma delas é o DIU.

Apesar de já ser bastante utilizado pelo mundo desde os anos 1960, o dispositivo intrauterino tem adesão abaixo dos 5% no Brasil. Uma das possíveis explicações para o baixo uso no país é o desconhecimento de como esse método contraceptivo funciona. Isso acabou gerando bastante críticas e mal entendidos em relação a ele ao longo dos anos.

Então, que tal saber mais sobre esse método e esclarecer mitos que rondam sua utilização? É só continuar a leitura desse material para que você esclareça todas as suas dúvidas!

Saiba mais sobre o DIU

O dispositivo intrauterino tem formato das letras “T”, “Y” ou em “ferradura” e possui uma pequena haste flexível. Ele é inserido pelo médico dentro do útero para que possa funcionar – e essa acaba sendo uma característica que costuma causar desconfiança entre as mulheres, pois ele fica interno, sem a paciente poder tocá-lo.

A maior parte da preocupação vem do medo de efeitos colaterais e mitos. Algumas das informações falsas associadas ao DIU são: causa de infertilidade, câncer do colo do útero e até perfuração da parede uterina. Há inclusive a crença de que o DIU é abortivo. Mas nada disso é verdade, e não há estudos que comprovem nada disso.

Todos os métodos possuem efeitos colaterais

A verdade é que todo método contraceptivo tem efeitos colaterais.

As pílulas anticoncepcionais, por exemplo, que são largamente utilizadas pelas mulheres brasileiras, possuem efeitos como náuseas, dores de cabeça, diminuição da libido, entre outros, inclusive alterações de humor. Em alguns casos, pode haver complicações graves, como trombose.

Portanto, é importante ressaltar que você deve consultar seu médico ginecologista e conversar com ele para entender melhor seu histórico e como seu organismo pode reagir ao uso do DIU ou qualquer outro método de sua escolha.

Mas como o DIU funciona?

Após a inserção no útero, o DIU libera algumas substâncias – que explicaremos melhor adiante – que fazem com que o útero não permita a fecundação do óvulo pelo espermatozoide – ou seja, esse órgão passa a ser um local hostil para a fertilização. Com a presença de um corpo estranho, seu sistema imune é ativado.

Uma das maiores vantagens desse método contraceptivo é o fato de ele ser de longa duração: a haste pode ficar dentro de seu útero por até 10 anos. Esse tempo varia de acordo com algumas questões mais específicas, mas falaremos em mais detalhes sobre eles logo mais.

Além disso, você não precisa ficar se lembrando de tomar algo todo dia. Sabemos que é até comum que as mulheres esqueçam de tomar a pílula no dia adequado, o que tem grandes chances de resultar em uma gravidez não planejada.

Como o DIU é colocado?

A inserção deve ser feita em um consultório médico por um ginecologista. Inclusive, recomenda-se fazer esse processo durante o período menstrual – o colo do útero fica mais dilatado e, portanto, a inserção fica mais fácil.

No que diz respeito à dor na hora de colocar, esse é um fator que varia conforme a sensibilidade de cada mulher. Geralmente, é um processo simples, que dura cerca de meia hora. Pode haver um leve incômodo que acontece durante a implantação.

Depois de colocado, uma cordinha bem fina que se liga à parte inferior do dispositivo fica dentro da vagina para auxílio quando for necessário removê-lo. Essa corda fica perto do colo do útero e, geralmente, não se pode senti-la. Caso a mulher sinta, poderá pedir ao médico para cortar mais.

A eficácia desse método é imediata. E, após um mês do procedimento, é necessário fazer uma ultrassonografia para checar se o DIU está corretamente posicionado.

Tudo bem, e os efeitos colaterais?

Em algumas mulheres, o DIU pode elevar o fluxo menstrual e pode aumentar a sensação de cólica, principalmente no período de adaptação, ou seja, em torno de três meses após a inserção. Isso é mais comum de acontecer com o DIU de cobre, que vamos detalhar a seguir.

No primeiro mês, também é possível sentir incômodo ou dor, pois ele pode ficar mal posicionado. Caso haja algum sintoma depois desse período, é necessário fazer uma investigação mais detalhada.

Também existe a possibilidade de o dispositivo sair do lugar, mas isso é bastante raro, bem como sua expulsão pelo útero. No caso do DIU hormonal, pode haver ganho de peso, acne e dores nas mamas. Tudo depende de cada organismo.

Tipos de dispositivo intrauterino

Existem três tipos de DIUs atualmente. Listamos e explicamos um pouco cada um deles a seguir, acompanhe.

DIU de cobre

Tem haste revestida de cobre, como o próprio nome sugere, e não possui nenhum tipo de hormônio. Sua ação consiste na liberação de micropartículas do metal no útero, em pequenas quantidades.

Assim, o endométrio (tecido que reveste o interior do útero), o muco e as trompas sofrem uma inflamação que impede a fecundação.

O DIU de cobre, que pode ficar no útero por até 10 anos, pode ser colocado em diversas clínica de saúde, inclusive nas particulares e com preços acessíveis.

DIU hormonal (Mirena e Kyleena)

No caso dos dispositivos hormonais, há a liberação da progesterona sintética, que não permite a ovulação e torna o muco cervical mais espesso: o espermatozoide não consegue subir pelo útero até o óvulo.

Esse tipo de DIU ajuda a reduzir a intensidade do fluxo menstrual, bem como as cólicas, em algumas mulheres. Costuma ser indicado para quem tem endometriose, por exemplo.

Em geral, recomenda-se a troca do dispositivo depois de 5 anos. Mas vale lembrar que cada mulher tem particularidades únicas e que podem influenciar na durabilidade e eficácia do método.

DIU de prata

Esse é o mais moderno, pode ter formato de “Y” ou “ferradura” e tem prata e cobre na composição. Sua grande diferença em relação ao de cobre é a possível diminuição do fluxo menstrual e das cólicas.

Outro ponto positivo é a diminuição do risco de oxidação do cobre, aumentando sua eficácia. Mas isso não signifca que o DIU de cobre seja menos eficaz.

A troca também deve ser feita depois de 5 anos.

Quem pode usar esse método contraceptivo

Qualquer mulher sexualmente ativa e saudável, e com mais de 14 anos, pode usar o DIU como método contraceptivo. Ele geralmente não é recomendado de primeira por alguns ginecologistas pois, por ser mais invasivo, é preciso conhecer melhor o histórico da paciente.

Mas mulheres virgens e que não engravidaram ainda podem, sim, colocar o DIU.

Vejamos, a seguir, quando não é recomendado utilizar o dispositivo:

  • Alergia ao cobre;
  • Propensão à infecções pélvicas e ginecológicas;
  • Suspeita ou confirmação de gravidez;
  • Anormalidades na anatomia do útero;
  • Mulheres que tiveram câncer de mama ou doenças hepáticas nos últimos 5 anos;
  • Sangramento ginecológico anormal.

É possível o médico inserir o dispositivo intrauterino logo após o parto, em até 48 horas. Depois disso, é necessário esperar 4 semanas, no mínimo. No caso de aborto espontâneo ou induzido, precisa ser colocado imediatamente, caso não haja infecção.

Conheça seu ciclo menstrual

Depois de todas as informações expostas acima, queremos te lembrar da importância de conhecer o seu ciclo menstrual. Ele te dá dicas do funcionamento do seu organismo como um todo e é parte importante da sua saúde como mulher.

Além disso, entendendo suas fases é possível observar alterações, inclusive conversar com o médico sobre a Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

Estamos reforçando esse conhecimento, pois os métodos contraceptivos têm uma influência direta no ciclo feminino e você deve estar atenta a todos os sinais para conhecer e saber qual é a melhor opção para se prevenir de uma gravidez indesejada.

Prevenção contra doenças

É importante lembrar que os métodos contraceptivos têm função apenas de evitar a gestação. Então, use sempre camisinha durante relações sexuais, pois é o único que protege contra infecções sexualmente transmissíveis (IST).

A recomendação, inclusive, é que, se possível, o casal inclua a camisinha nas relações, mesmo que a mulher utilize um contraceptivo. Ainda que os métodos, como o DIU, tenham eficácia entre 95% e 99%, associar prevenções reduz ainda mais as chances de uma gravidez.

De toda forma, faça visitas regulares a um ginecologista, converse com seu médico para que você se sinta guiada da maneira mais adequada e fique mais segura de suas escolhas. Saiba que é possível fazer consultas e colocar seu DIU a preços acessíveis, com profissionais devidamente qualificados.

Para agendar sua consulta, clique aqui.