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Endometriose: o que é, quais os exames e como tratar?

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Endometriose é uma alteração no organismo da mulher relacionada às células da parede uterina, que se fixam e crescem para além do útero. Essa é uma condição que impacta muito na qualidade de vida, uma vez que costuma provocar muita dor e desconforto.

É comum que várias pacientes passem muito tempo sentindo cólicas intensas, sem saber que têm endometriose. Isso porque o diagnóstico nem sempre é feito com precisão e, assim, o tratamento também demora a ser iniciado.

Por isso, é essencial que você procure ajuda médica especializada, para a realização de exames capazes de identificar o que está acontecendo. E, assim, você poderá encontrar mais bem-estar!

O que é endometriose?

Para entender o que é endometriose, é interessante que você conheça o ciclo menstrual, dividido em algumas fases.

  • Fase folicular;
  • Fase ovulatória;
  • Fase lútea.

O ciclo menstrual começa com o primeiro dia da menstruação, ou seja, a descamação da parede uterina, o endométrio. É nessa etapa que inicia a fase folicular, que é quando o folículo ovariano, dentro do ovário, está se preparando para liberar o óvulo.

E, então, acontece a fase ovulatória, quando ocorre a ovulação, isto é, a liberação do óvulo pela tuba uterina. Depois, a mulher entra na fase lútea, que é antes do período menstrual.

Endometriose e o ciclo menstrual

As causas da endometriose são variadas, mas há estudos que associam à chamada “menstruação retrógrada”. Como você viu no ciclo, a menstruação é uma fase que indica que a mulher não engravidou.

Quando o espermatozoide encontra com o óvulo na tuba uterina e, então, o embrião é formado, ele migra e se fixa no endométrio, num processo chamado de nidação. Entretanto, sem fecundação, a parede uterina descama, naquilo que chamamos de menstruação.

Associando à endometriose, é como se algumas células do endométrio voltassem pelo canal vaginam e se fixassem em outras partes, como nos ovários, na parte externa do útero, próximo ao intestino, entre outras regiões.

Outras possíveis causas da endometriose

Diversas pesquisas feitas no mundo constataram que desequilíbrio na produção de estrogênio, um importante hormônio sexual feminino, estimula a endometriose.

Mas a medicina também já identificou que inflamações no organismo da mulher acabam levando a essa condição. O corpo pode se inflamar por diversos motivos, como alimentação inadequada, estresse, sedentarismo, fumo, álcool, entre outros.

É por isso que manter um hábito de vida saudável, com alimentação o mais natural possível e prática regular de atividade física é tão importante no controle da endometriose.

Quais são os sintomas da endometriose?

É muito importante que você aprenda a conhecer os sinais do seu corpo para que saiba quando algo não vai bem. O principal sintoma da endometriose é dor, como já afirmamos acima. Mais detalhadamente, a seguir confira os indicativos dessa condição:

  • Cólica menstrual intensa, dessas que impactam o dia a dia, isto é, a mulher não consegue realizar suas atividades, como trabalhar, estudar, devido ao grande desconforto;
  • Dor durante as relações sexuais, ou seja, o sexo deixa de ser prazeroso, principalmente em determinadas posições;
  • Dor durante ou após evacuar e/ou urinar;
  • Sangramentos fora do período menstrual;
  • Infertilidade, isto é, quando a mulher tenta por mais de 12 meses engravidar, mas não consegue.

Como a cólica menstrual é algo comum de acontecer nesse período do mês, muitas pacientes acreditam que o incômodo é uma característica comum ao próprio corpo.

Entretanto, a intensidade da dor precisa ser encarada como algo sério, e é importante contar com auxílio do ginecologista.

Quais exames detectam endometriose?

O primeiro passo para o diagnóstico da endometriose é a consulta com o ginecologista. O médico irá conversar com você para entender o que você está sentindo, há quanto tempo relata dores, entre outros sintomas que possam indicar essa condição.

Por isso, o primeiro exame para detectar endometriose é o clínico, que inclui o toque. Para complementar a análise médica, outras avaliações podem ser solicitadas, conforme mostraremos a seguir.

Exame de sangue

Hemograma completo e outras avaliações, inclusive de dosagens hormonais, são importantes para entender as condições de saúde da mulher.

Ultrassom transvaginal

A ultrassonografia transvaginal ou endovaginal é um exame de imagem que ajuda no diagnóstico de diversos problemas, inclusive endometriose e Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

Por meio desse ultrassom, o médico consegue visualizar as estruturas do útero, como os ovários, e perceber a presença de focos de endometriose.

Tomografia computadorizada

A tomografia é outro tipo de exame de imagem que permite a visualização dos órgãos interno e, assim, auxilia a identificar a endometriose.

Ressonância magnética

A ressonância magnética é um recurso tanto para diagnóstico quanto para acompanhamento desse quadro. É um exame de imagem mais complexo, capaz de detectar quadros de endometriose profunda, por exemplo.

Videolaparoscopia

A videolaparoscopia é um procedimento cirúrgico que consegue identificar focos da endometriose, por meio de uma pequena câmera de vídeo, inserida através de cortes mínimos.

Essa é uma das formas não apenas de diagnóstico, mas também para tratar as lesões, e pode beneficiar pacientes que enfrentam dores muito intensas, sem resposta a outras formas de tratamento.

Como é o tratamento?

O tratamento de endometriose varia conforme o grau das lesões. Quadros muito profundos e que provocam muitas dores podem ter necessidade cirúrgica, como explicamos acima. Mas somente seu ginecologista será capaz de determinar o que é melhor para você.

Além disso, em alguns casos, o médico coloproctologista poderá fazer parte do acompanhamento, caso a endometriose chegue a representar prejuízos para o intestino, inclusive obstrução.

De toda forma, existem algumas abordagens que são comumente usadas na medicina. O uso de pílulas anticoncepcionais de progestógeno, isto é, apenas com um hormônio, sem a presença de estrogênio sintético, costuma ser indicado para atenuar sintomas.

Em outras palavras, a pílula pode fazer com que a mulher fique sem menstruar e, assim, não sinta as dores recorrentes do período menstrual. Entretanto, essa medida não trata a endometriose. Por isso, outras medidas podem ser adotadas, como:

  • Uso de hormônios como o dienogeste;
  • Alimentação restrita em glúten e derivados do leite, conforme a orientação médica;
  • Prática rotineira de atividade física;
  • Suplementação de probióticos, isto é, que regulam o intestino;
  • Controle do estresse.

Bons hábitos de vida

Em linhas gerais, para tratar a endometriose, é muito importante que a mulher adote bons hábitos de vida, especialmente se tiver como objetivo engravidar.

Cuidar da saúde do corpo e da mente é sempre importante para que o ciclo menstrual ocorra com harmonia, livre de doenças e condições associadas a ele.

A alimentação é uma das principais aliadas, nesse caso. Por exemplo, evitar consumo de farinha branca refinada, presente em bolos, biscoito e pães, é uma maneira de ajudar o corpo a desinflamar.

Outra dica é evitar ao máximo o consumo de álcool, uma vez que a bebida causa um processo inflamatório no organismo, o que estimula a endometriose.

Conte com médicos de confiança

O mais importante para você que está buscando identificar e/ou tratar a endometriose é encontrar médicos de confiança, ou seja, que deem abertura para você relatar suas dores e questões que esteja vivenciando.

Ainda que a endometriose não tenha cura, é possível descobrir meios que vão controlar sintomas. Por meio de exames, como a ultrassonografia transvaginal, o especialista poderá identificar as lesões e como tratá-las.

De toda forma, a conversa entre paciente e médico é o primeiro passo para alinhar todas as possibilidades de abordagens terapêuticas.

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