Exames de imagem, como a ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC), são testes realizados quando um médico precisa avaliar a estrutura interna de seu organismo. Por gerarem imagens de seus órgãos, não há necessidade de cirurgia para serem realizados.
Dentre esses tipos de exames, além dos de imagem já citados, temos outros mais conhecidos, como o raio X e o ultrassom (ou ultrassonografia, que é solicitada em diversos casos, inclusive quando se encontra algo suspeito no raio X, por exemplo).
Além desses, há também a mamografia, exame essencial na prevenção do câncer de mama. Ademais, a fluoroscopia mostra partes do corpo em movimento e utiliza-se corantes de contraste para avaliar os ossos, órgãos, vasos e as articulações.
Ressonância e tomografia
Com o aumento do acesso a exames de diagnóstico por imagem, é comum haver certa confusão entre a ressonância e a tomografia, pois elas têm basicamente a mesma função: gerar imagens internas de seu corpo. E não há uma melhor que a outra.
Tendo isso em mente, preparamos esse conteúdo para explicar as principais diferenças entre os testes, bem como quais são as indicações para ambos, assim, não haverá mais dúvidas. Vamos lá!
O que é tomografia computadorizada
Algumas pessoas dizem que a TC é um raio X “mais moderno”, mas sua utilidade vai muito além disso. É um teste que se desenvolveu da década de 60 para cá e é pouco invasivo, por isso não causa muito desconforto – apenas com a injeção do contraste, em alguns casos.
Basicamente, o exame cria imagens transversais do seu corpo – que são processadas por um computador – por meio de máquinas de raio X rotativas. A radiação ionizante faz cortes visuais da parte do corpo que precisa ser avaliada, então, o radiologista consegue avaliar seus tecidos moles, vasos sanguíneos e todos os ossos.
Apesar de as tomografias possuírem mais radiação do que as radiografias, os riscos das primeiras são muito baixos, inclusive o de câncer pela exposição à radiação. Além disso, é um exame de rotina, que dura entre 5 e 20 minutos, e pode ser encontrado em diversas cidades e clínicas populares como a Clínica do Bem.
Indicações
Vejamos, a seguir, quais são os principais casos que podem ser investigados com a TC:
- Pedra nos rins;
- Extensão de lesões e fraturas ósseas;
- Doenças respiratórias, como pneumonia;
- Acidentes vasculares cerebrais (AVCs);
- Massas e possíveis tumores, inclusive os cancerígenos;
- Lesões internas e possibilidade de hemorragia interna;
- Acompanhamento de tratamentos de câncer e doenças cardíacas.
Vantagens
Dentre as principais características da tomografia computadorizada, a maior delas é que o aparelho tem custo mais baixo e, por isso, é mais acessível – especialmente por ser encontrada em clínicas populares e em parceiros dessas instituições, por exemplo.
Além disso, o exame leva menos tempo. Existe a possibilidade de fazer uma reconstrução tridimensional (vista do problema em diversos ângulos), além disso, o procedimento é ideal para quem não consegue ficar em lugares fechados.
Outro ponto interessante é o fato de a tomografia computadorizada existir em versão portátil.
Desvantagens
Um lado que pode ser negativo nesse teste é o fato de ser realizado com um contraste à base de iodo – e algumas pessoas são alérgicas e esse componente. Gestantes e indivíduos com obesidade mórbida também devem evitá-lo.
Além disso, pacientes com doenças crônicas são mais propensos à perda de função renal por causa do uso do contraste iodado.
O que é ressonância magnética
A ressonância magnética, por sua vez, já usa outro tipo de mecanismo, que não depende dos raios X. Ela é baseada em ondas de radiofrequência e campos magnéticos, que fazem uma imagem tridimensional do interior de seu corpo. Essas imagens também são processadas por meio de um computador.
Esse exame foi criado na década de 40 e, por causa do avanço da tecnologia e dos equipamentos modernos, é possível enxergar partes do corpo de maneira detalhada e de ângulos diferentes. Isso facilita diagnósticos mais complexos.
A ressonância é indolor e geralmente rápida, durando cerca de 15 minutos. Porém, dependendo do caso, pode se estender até duas horas. Para realizar o teste, você precisa tirar todos os objetos metálicos do corpo e entrar numa máquina que lembra um tubo grande.
Indicações
Com a RM, pode-se diagnosticar diversos tipos de doenças, que vão de uma infecção simples a um tumor. Sendo assim, os casos mais recomendados para uso da ressonância magnética são os seguintes:
- Derrames cerebrais ainda no início;
- Problemas nas articulações, músculos, pulsos e tornozelos;
- Esclerose múltipla;
- Tumores em glândulas e no cérebro;
- Anormalidades na coluna (cistos, hérnia);
- Infecção da medula espinhal ou no cérebro;
- Lesões no fígado;
- Disfunções reprodutivas e infecções no sistema urinário.
Vantagens
A vantagem mais óbvia que podemos destacar é o fato de ser um exame mais preciso, que consegue caracterizar tecidos como gordura, sangue e água. Isso faz bastante diferença no diagnóstico de patologias cerebrais.
Além dos cortes axiais, que acontecem na tomografia, também há os coronais e os oblíquos. Esses ângulos são o grande diferencial quando se está investigando os sinais que o organismo dá.
Outro ponto positivo é o contraste utilizado, o Gadolíneo, menos nefrotóxico – o que significa que é menos prejudicial para os rins.
Desvantagens
Como já foi mencionado, esse é um exame mais demorado e possui mais contra-indicações que a tomografia, veja:
- Pessoas que possuem marca-passo no coração e no cérebro (para Mal de Parkinson);
- Válvulas cardíacas e cerebrais;
- Algumas próteses penianas;
- Molas aneurismáticas ou stents vasculares.
Há, ainda, a questão de ser um exame mais caro e que tem menos disponibilidade e, por levar mais tempo para ser realizado, acaba causando problemas com pacientes que são claustrofóbicos.
Principais diferenças entre ressonância e tomografia
Agora que você já conhece melhor esses dois exames de imagem, vamos explicar as características que distinguem um do outro de maneira mais clara. É só continuar a leitura!
Conforme ressaltado anteriormente, a principal distinção entre a tomografia computadorizada e a ressonância magnética está em seu princípio físico. Enquanto a tomografia usa a radiação ionizante, assim como o raio X, a ressonância é feita por meio de um campo magnético muito potente.
Por ser mais barata e ter maior disponibilidade, a TC é mais utilizada – e inclusive costuma ser a primeira escolha dos médicos. Com ela, é possível distinguir o que é ar, ossos e partes moles, como seus órgãos.
No entanto, quando houver necessidade de algo mais detalhado, a RM poderá trazer resultados mais eficientes em relação à qualidade das imagens, bem como seus detalhes. O profissional qualificado também será capaz de diferenciar água, ar e ossos, porém, poderá se concentrar em pedaços do corpo e terá maior eficiência de diagnóstico.
Em ambos os casos, os contrastes são utilizados para realçar os órgãos e possíveis lesões em músculos, ligamentos etc. Apesar de haver riscos de reação alérgica, eles são baixos: 5% com o iodo, e 1% com o gadolínio. Logo, os benefícios desses exames são bem maiores.
Tudo depende da indicação médica
Conforme foi descrito ao longo do texto, o tipo de exame que você vai precisar dependerá dos seus sintomas e, consequentemente, da área a ser avaliada. E, dependendo da situação, seu médico pode pedir ajuda a um radiologista para interpretar as imagens resultantes dos testes.
Por último, e não menos importante, lembre-se de manter seus exames sempre em dia e faça consultas regulares com um profissional de sua confiança. Nós sabemos o quanto isso pode pesar no orçamento, mas saiba que é possível realizar tanto a tomografia computadorizada quanto a ressonância magnética com preços acessíveis.
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