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Ultrassom morfológico: o que é e quando fazer?

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A rotina de cuidado com a saúde de uma gestante e seu bebê é cheia de consultas e exames. E não é para menos, afinal, é assim que se garante uma gravidez saudável. No que diz respeito ao bebê, o ultrassom morfológico pode ser um grande aliado da mulher e da família no pré-natal.

Existem alguns tipos de ultrassom, o que pode causar um pouco de confusão, não é mesmo? E, sim, eles trazem resultados mais precisos e diferentes, variando de acordo com suas especificidades. O acompanhamento pré-natal possui exames que diagnosticam várias doenças.

Com o objetivo de esclarecer todas as dúvidas relacionadas ao teste morfológico, preparamos esse material para que você entenda a importância de fazê-lo, como ele funciona, quando fazer, entre outras questões importantes.

Continue a leitura para saber mais informações!

Como funciona o ultrassom morfológico

Geralmente realizado entre a 11ª e 14ª semana ou 20ª e 24ª semana da gravidez, esse ultrassom de alta resolução e detalhamento permite a análise completa do desenvolvimento do bebê. É possível observar com detalhes os órgãos internos do feto e detectar eventuais alertas de malformação.

Por ser um teste mais específico, e que leva cerca de 30 minutos, o ideal é que ele seja realizado por um especialista em medicina fetal. Esse tipo de médico possui conhecimentos profundos de obstetrícia, infecções congênitas e fisiopatologia materno-fetal, levando a um diagnóstico mais preciso.

Detalhes do ultrassom morfológico

O ultrassom morfológico, assim como o comum, emite ondas sonoras em alta frequência, permitindo que elas cheguem dentro do útero. As ondas emitem sons que ecoam e então se convertem em imagens.

A partir dessas imagens, verifica-se o número de fetos, a medida do colo uterino, a localização da placenta e detalhes da morfologia do bebê (coluna, nuca, tórax, cérebro, coração, face, genitália etc).

Vejamos, a seguir, o que esperar do ultrassom, de acordo com a época em que é feito.

Ultrassonografia das 11 a 14 semanas

Avalia-se o saco gestacional, a data da gestação e o comprimento do feto. Como ainda não está tão bem formado, é necessário fazer um segundo teste, quando a gravidez já estiver mais avançada.

Essa primeira investigação é indicada para realizar a translucência nucal (que mede o risco do desenvolvimento da Síndrome de Down, por exemplo) e uma avaliação mais preliminar da estrutura do bebê.

US de 18 a 24 semanas

Nessa fase, acontece a avaliação do volume de líquido amniótico, do trato gastrointestinal, do ritmo cardíaco, bem como do grau placentário. Aqui já é possível observar melhor o bebê, uma vez que ele já está com a formação mais avançada.

Quando e quem deve fazer o exame

Apesar de anomalias estruturais em bebês recém-nascidos serem bastante raras, a indicação é que todas as mulheres façam o ultrassom morfológico, nos dois períodos destacados anteriormente.

No entanto, existem alguns casos em que a recomendação é ainda mais importante. Acompanhe quais são eles:

  • Gestação a partir dos 35 anos;
  • Pai com 55 anos ou mais;
  • Gestação múltipla (gêmeos, trigêmeos…);
  • Histórico familiar de alteração ou malformação genética (ou presença desses problemas em gestações anteriores);
  • Gestante diabética;
  • Suspeita de rubéola, toxoplasmose e outras infecções.

Dependendo das condições de saúde da mulher e do desenvolvimento do bebê, exames complementares podem ser pedidos para uma avaliação mais rigorosa do caso.

Doenças ou problemas que o US pode detectar

Por gerar imagens mais precisas e nítidas em 3D e 4D, com o US morfológico, já é possível ver traços do bebê – muitas mães já as guardam como as primeiras “fotos” de seu filho. Mas, muito além disso, é aqui que se percebe o lábio leporino ou fenda labial.

No entanto, a abertura no céu da boca, ou a fenda palatina, não pode ser detectada, pois é bastante difícil analisá-la.

Outros aspectos que podem ser analisados são os seguintes:

  • Medir as veias e artérias do cérebro e do coração de maneira minuciosa, diagnosticando cardiopatias;
  • Percurso correto da urina pela bexiga;
  • Posição da placenta;
  • Cordão umbilical e seus vasos sanguíneos;
  • Quantidade de líquido amniótico;
  • Avaliação detalhada da coluna;

No que diz respeito às patologias detectáveis, temos:

  • Anencefalia: ausência de parte do cérebro e da calota craniana;
  • Hidrocefalia: excesso de líquido no cérebro;
  • Mielomeningocele: defeito no fechamento da coluna;
  • Malformações renais, inclusive a ausência de rins;
  • Ossos encurtados ou faltantes, que são anormalidades dos membros;
  • Hérnia diafragmática: diafragma defeituoso, que é o músculo que separa o abdômen do tórax.

Importância do ultrassom morfológico

Apesar de toda a precisão e detalhamento de imagens, é essencial destacar que o ultrassom morfológico pode acusar um falso positivo e que não dá para ver todos os eventuais problemas.

A paralisia cerebral e o autismo, por exemplo, só são diagnosticados após o nascimento.

Além disso, alguns sinais só aparecem com o crescimento do neném – e sua posição na hora do exame também pode dificultar um diagnóstico mais preciso.

Diagnóstico após o US morfológico

No caso da Síndrome de Down, faz-se o cálculo de maneira individualizada, pois é necessário levar em conta fatores como a idade da mãe e a idade gestacional, o histórico familiar etc. Porém, não é possível verificar a constituição genética do feto.

Para confirmar o diagnóstico de Down, ou outros problemas cromossômicos, é preciso realizar a amniocentese, que é um exame mais invasivo e pode oferecer riscos ao bebê. Tanto que ele só é indicado em casos de gravidez de risco ou alterações no bebê.

Diante das informações expostas, não podemos deixar de ressaltar a importância do teste morfológico. Se uma malformação mais grave é detectada (e exames mais precisos requisitados para uma confirmação), é possível encontrar uma solução ainda dentro do útero.

No caso da mielomeningocele, por exemplo, quando a medula espinhal é exposta ao líquido amniótico, é possível realizar uma cirurgia para fechar essa abertura até a 27ª semana de gestação. Dessa maneira, é possível que o bebê não tenha sequelas graves, como a paralisia cerebral.

Demais exames que as gestantes precisam fazer

Agora que você conhece mais sobre esse ultrassom, vamos listar alguns dos testes mais comuns que são necessários para um pré-natal completo. Veja alguns que fazem parte de um check-up:

  • Hemograma;
  • Tipo sanguíneo e fator Rh;
  • Glicose em jejum;
  • Teste para infecções como sífilis, HIV, rubéola, hepatite B e C, entre outras;
  • Urina e urocultura;
  • Ultrassom: aqui estamos falando do mais convencional, que deve ser feito em todos os trimestres da gravidez;
  • Papanicolau.

Tenha em mente que realizar um pré-natal completo é algo que pode começar já no planejamento da gravidez, se for possível. O acompanhamento deve ser feito durante todo o período gestacional.

Além disso, mantenha hábitos saudáveis (não fume e nem beba álcool), tenha uma alimentação equilibrada (não é necessário comer por dois; coma o suficiente e de maneira inteligente) e faça exercícios físicos regulares, de acordo com a recomendação so obstetra.

E, por último, mas não menos importante, siga todas as orientações de seu médico de confiança, inclusive sobre o melhor momento para realizar o ultrassom morfológico.

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