O melasma é uma doença que afeta a qualidade de vida das pessoas e a autoestima, pois são manchas amarronzadas que aparecem no rosto e em outras partes do corpo. As mulheres são as mais acometidas por esse problema.
Para controlar o melasma, é essencial fazer acompanhamento constante com o dermatologista, uma vez que não existe cura, mas é possível controlar e conviver bem com ele ao longo da vida.
Neste texto, vamos detalhar melhor o que é essa doença, quais os sintomas e os possíveis tratamentos. Aproveite a leitura!
O que é melasma?
Melasma é uma condição crônica caracterizada pelo surgimento de manchas escuras, ou melhor, acastanhadas na pele. É mais comum que elas apareçam no rosto, testa, nariz e lábio, mas, em alguns casos, podem ser encontradas nos braços, pescoço e colo.
Em outras palavras, as áreas mais expostas ao sol e à luz artificial, bem como calor e vapor, são as mais comuns de terem essas manchas.
O melasma costuma se manifestar em mulheres em fase reprodutiva, de 20 a 50 anos, sendo raro antes da puberdade. De toda forma, isso não significa que homens estão livres do problema, uma vez que as manchas podem, sim, surgir.
Mesmo sendo uma doença que não tem cura, é possível manter o melasma controlado a partir das recomendações feitas pelo dermatologista. Vale ressaltar que tratamentos e procedimentos sem orientação médica podem contribuir para uma piora no quadro clínico do paciente.
Tipos de melasma
O melasma pode se manifestar em diversas formas, e é importante entender também os possíveis fatores de risco.
Apesar de não ter uma única causa definida para o seu surgimento, a doença pode estar relacionada principalmente com a exposição solar, bem como o uso de anticoncepcionais hormonais, disfunção da tireoide, gravidez e predisposição genética.
Em alguns casos, também pode aparecer devido ao aumento do estresse oxidativo, que ocorre nas células em função de esforços físicos intensos, uso de medicamentos ou distúrbios psicológicos como a ansiedade.
Melasma relacionado à profundidade
Para entender as diferentes classificações do melasma, é necessário compreender as diferenças na distribuição da melanina nas manchas da pele. A seguir, alguns exemplos.
Epidérmico
A melanina está concentrada na epiderme, que é a parte superficial da pele. Nesse caso de melasma, as camadas mais profundas não são afetadas e, com isso, o tratamento pode apresentar uma eficácia maior.
Dérmico
No melasma dérmico, a mancha da melanina alcança a camada intermediária da pele, conhecida como derme. Essa parte é composta por diversos tecidos, como vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas e terminações nervosas.
Misto
O melasma misto é afetado tanto na derme quanto na epiderme, ou seja, o paciente apresenta os dois tipos de melasma citados acima.
Melasma relacionado à área afetada
Agora, você irá ler sobre os tipos de melasma conforme a área em que as manchas amarronzadas podem ser encontradas.
Centro facial
O melasma é classificado dessa forma quando acomete a central da fronte, o supra-labial e a mentoniana, ou seja, testa, bochecha, nariz, lábio superior e queixo. É um dos tipos de melasma mais comuns.
Malar
O melasma na região malar afeta as áreas zigomáticas, escurecendo as bochechas e o nariz.
Mandibular
A região atingida pelo melasma, nesse caso, é apenas a mandíbula, o queixo e os lábios.
Quando ir ao dermatologista para tratar melasma?
É recomendado que o paciente procure um dermatologista assim que notar o surgimento das primeiras manchas, para que o médico possa fazer a análise correta do caso. Na verdade, é sempre importante ir ao dermatologista a cada ano, de forma a examinar manchas, pintas e lesões suspeitas.
O diagnóstico do melasma será feito por meio do levantamento do histórico do paciente, levando em consideração o uso de anticoncepcionais, ocorrência de gravidez e hábitos de exposição ao sol.
Além disso, o dermatologista irá fazer uma avaliação clínica das manchas escurecidas, da área afetada e da profundidade das lesões.
Essa rotina de acompanhamento com o profissional será algo que o paciente deverá levar para toda a vida.
6 tratamentos indicados para melasma
Os tipos de tratamentos podem variar de acordo com a manifestação do melasma em cada paciente.
Para ter um resultado eficaz, é fundamental combinar um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir o retorno da mancha.
1. Fotoproteção
Fotoproteção nada mais é que o uso de protetor solar, com proteção contra os raios ultravioleta A e B (UVA e UVB). Essa medida ajuda a estabilizar o melasma e prevenir possíveis novas manchas.
2. Cremes
Alguns cremes à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinoico e ácido azelaico podem colaborar com a remoção das manchas. Mas toda e qualquer substância só deve ser usada a partir da prescrição médica.
3. Microagulhamento
Nesse tratamento, são usadas agulhas para criar pequenos orifícios na pele, de forma a estimular a produção de colágeno e contribuir para o controle do melasma.
4. Mesoterapia
Nessa terapia, são aplicadas substâncias através de injeções intradérmicas, com o intuito de estimular a renovação celular de dentro para fora.
5. Peelings
O peeling auxilia no clareamento da pele, de forma gradual. Dependendo do tipo escolhido, é possível alcançar da camada mais superficial à mais profunda. O dermatologista consegue fazer a melhor análise de cada caso e escolher o peeling mais indicado.
6. Lazer e luz intensa pulsada
Algumas formas de energia luminosa contribuem para clarear o melasma. Porém, esse tratamento deve ser realizado com cuidado para não causar mais pigmentação, por isso, só pode ser feito por um dermatologista e com equipamentos que sejam devidamente apropriados para melasma.
Hábitos que ajudam no controle do melasma
Muitos cuidados adotados diariamente ajudam os pacientes a prevenirem e controlarem a doença, sendo eles:
- Usar protetor solar, mesmo em dias nublados e chuvosos;
- Reaplicar o filtro solar ao longo do dia;
- Usar roupas que cobrem a pele da exposição ao sol;
- Colocar chapéus, bonés e óculos escuros para complementar a proteção;
- Não usar o celular muito próximo ao rosto, pois a luz da tela piora o melasma;
- Reduzir a intensidade da iluminação da tela de celular, tablet, notebook ou computador;
- Evitar se expor ao sol de 10h às 16h;
- Adotar o uso de guarda-sol com proteção UV;
- Sair com sombrinhas em dias mais ensolarados.
Além do mais, manter em dia a sua consulta regular com o dermatologista colabora para a saúde da sua pele e para a prevenção do melasma.