A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das principais causas de cegueira em idosos. Esse tipo de doença, que costuma ser classificada em uma forma seca ou úmida, afeta a mácula, localizada na retina, que é responsável pela visualização de cores e detalhes.
A realização do exame de vista anualmente contribui para uma detecção precoce da degeneração macular.
Ao longo deste artigo, vamos explicar tudo sobre a patologia, seus sintomas, fatores de risco, diagnóstico e formas de tratamento. Então, continue a leitura!
O que é degeneração macular?
A degeneração macular é uma doença da retina e que tem como principal fator de risco o próprio processo de envelhecimento, apesar de também ser possível encontrar esse quadro em crianças e jovens.
Porém, é mais comum aparecer em pessoas acima de 60 anos, o que requer um cuidado especial pelas pessoas a partir dessa faixa etária.
Papel da mácula
A mácula possui um importante papel na visão, sendo composta por milhões de células sensíveis à luz. Esses estímulos luminosos se transformam em sinais elétricos, que são enviados para o nervo óptico no cérebro para “traduzir” as imagens visualizadas.
No caso do paciente com degeneração macular, a mácula se danifica, e o centro do campo visual e as imagens passam a ficar desfocadas, distorcidas ou escuras.
A degeneração macular não leva à cegueira total, mas provoca a perda da visão central que impossibilita a realização de atividades diárias, como ler e escrever.
Principais sintomas e causas
Na fase inicial da doença, normalmente, o paciente apresenta poucos sintomas. Mas o sinal mais comum é a percepção de um escotoma (mancha) no centro do campo visual. Conforme a degeneração macular vai evoluindo, as manchas e o incômodo na visão costumam aumentar.
Além disso, é possível a pessoa ter a doença, mesmo que sem sintomas, ou seja, quando ela se apresenta em uma forma assintomática.
Por isso, é importante ficar atento mesmo se não houver qualquer distorção ou visão turva, e sempre procurar um oftalmologista para a realização de exames anuais.
Algumas causas da degeneração macular
O processo de envelhecimento é o principal fator para o surgimento da doença, assim como a genética de cada paciente. Mas há também doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que podem contribuir para a degeneração macular.
Além disso, há alguns fatores de risco, como:
- O fumo duplica o risco de desenvolver a doença;
- A cor de pele, já que a degeneração macular é mais comum em pessoas brancas;
- O histórico familiar.
Como é feito o diagnóstico?
O exame de vista de rotina é uma das melhores formas para se identificar precocemente a degeneração macular. O oftalmologista consegue fazer o diagnóstico da doença com os seguintes exames:
- Teste da acuidade visual;
- Grelha de Amsler;
- Exame de fundo ocular;
- Campimetria;
- Angiografia Fluoresceínica;
- Retinografia;
- Tomografia de coerência óptica.
Como é o tratamento da degeneração macular?
As formas de tratamento para a degeneração macular podem variar de acordo com a fase na qual a doença se encontra. A seguir, vamos detalhar melhor esse processo, conforme cada etapa.
Tratamento na fase inicial
Nesse estado, o oftalmologista não recomenda um tratamento específico, pois o paciente não apresenta sintomas ou perda de visão. No entanto, é preciso fazer um exame de fundo ocular pelo menos uma vez por ano para acompanhar o quadro clínico.
Tratamento na fase intermediária
Nessa etapa da doença, pode ainda não ser necessário fazer uma intervenção médica significativa ou até cirúrgica, mas é importante que o paciente mantenha consultas frequentes com o oftalmologista para checar o progresso da degeneração macular.
Além disso, a ingestão de suplementos vitamínicos colaboram para retardar o avanço da perda de visão, mas não representam uma cura para a doença ou uma restauração da visão afetada.
Tratamento da degeneração macular exsudativa
Esse estágio da doença resulta em uma perda de visão grave e há algumas terapias que podem ser eficazes em postergar o avanço da patologia, como:
1) Injeção de anti-angiogênicos
Funciona com diversas aplicações de injeções de fármacos no olho, com o objetivo de promover o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais. Para realizar esse tipo de terapia, a região será anestesiada e esterilizada com antissépticos para reduzir o risco de infecção.
2) Terapia fotodinâmica
É uma técnica que envolve o uso de laser nas áreas afetadas da retina. O oftalmologista injetará um fármaco no braço do paciente, que irá percorrer o corpo e ser absorvido por novos vasos sanguíneos.
Com isso, o médico coloca o laser no olho, ativando a substância nos vasos sanguíneos anormais, de forma a atrasar seu crescimento e reduzir o progresso da perda de visão.
3) Cirurgia a laser
No caso desse tratamento para degeneração macular, é usado um laser, diferente da terapia fotodinâmica, para destruir os vasos sanguíneos anormais. Essa terapia pode gerar efeitos colaterais que incluem uma visão pior do que antes da cirurgia. Por isso, é fundamental avaliar com o oftalmologista os prós e os contras.
Formas de prevenção da degeneração macular
A melhor medida de precaução para a degeneração macular é adotar um estilo de vida saudável, como:
- Não fume;
- Mantenha os níveis de pressão arterial e colesterol controlados;
- Adote uma dieta saudável e rica em legumes, frutas e verduras;
- Pratique exercícios físicos regularmente.
Importância do exame de vista de rotina
Como mencionamos, a visita regular ao oftalmologista e a realização anual do exame de vista auxilia no diagnóstico precoce e no acompanhamento da degeneração macular.
Não deixe para marcar sua consulta, mesmo que você não apresente qualquer sintoma ou primeiros sinais da doença. É possível contar com apoio médico e tratamento a preços acessíveis.